Qual a origem do teatro de sombras
O mago usou a sua imaginação através de uma pele de peixe macia e transparente, e confeccionou a silhueta de uma bailarina.
Quando tudo estava pronto, o mago ordenou que no jardim do palácio, fosse montada uma cortina branca contra a luz do sol, que deixa-se transparecer essa luz.
E houve uma apresentação para o Imperador da sua corte.
Esta apresentação foi acompanhada de um som de flauta que fez surgir a sombra de uma bailarina movimentando-se com leveza e graciosidade.
Neste momento, teria surgido o teatro de sombras.
A Máscara
A máscara pode ser o que eu quiser, o que tu quiseres, aquilo que tem a plasticidade que baste para moldar um outro-eu, podendo confundir-se com o que eu sou na verdade.
Quantas pessoas que escondem os seus sentimentos, com receio da não-aceitação, por parte do próprio e do outro, acabando por cair numa insatisfação internam?
Neste processo, ao longo do tempo, e do que nos é conveniente, podemos ter vários tipos de máscaras, ligadas às emoções que não permitem mostrar o que de verdade sentimos, aquilo que é a nossa emoção primária; a máscara dos afectos que vai camuflar o afecto que se nutre por algo ou alguém; a máscara dos pensamentos que não nos permite dizer o que pensamos, a dos nossos comportamentos ou acções que esconde aquilo que realmente nos impele a agir desta ou de outra forma, e possivelmente muitas outras que encontraríamos se fizéssemos uma busca activa.
As máscaras não servem só para nos escondermos. Há máscaras que nos ajudam a dar o primeiro passo, que nos ajudam a ganhar auto-estima e por isso podem ser bem poderosas. São aquelas máscaras em que nós fazemos de conta, como se tivéssemos coragem, confiança, segurança ou à vontade. E de repente fomos capazes de falar, de dizer não, de aparecer e de viver.